segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Entrevista com: “Professor Carlos Silva”

Todos nós conhecemos o Director Carlos Silva. Com cerca de 50 anos, é director da nossa escola E.B.2.3 do Algoz.
O Director é uma pessoa muito humana. Preocupa-se muito com o sucesso dos alunos, é um bom líder, um bom director de todo o agrupamento das escolas do Algoz e é também muito simpático com os alunos.
Escolhemos entrevistar o Director, porque queríamos conhecê-lo melhor, numa perspectiva mais pessoal. Através desta entrevista, conseguimos o que pretendíamos.

Ana – Dr Carlos, conte-nos como foram os seus tempos de escola primária.
Director – Os tempos de escola como?
Marlene – Como é que foram as suas aulas? Gostava da escola?
Director – Claro que gostava da escola. A escola é a melhor coisa que existe, é onde se passam os melhores momentos da vida. E eu também gostava muito de estudar, e era muito bom aluno.
Inês – Sempre quis ter esta profissão, ser director?
Director - Não não, não não! Eu sou professor, a minha profissão é ser professor. Estou aqui como professor.
Inês – Você é professor de que disciplina?
Director – Educação Visual e Tecnológica. Aliás, sou o melhor professor de Educação Visual e Tecnológica da CEE(risos).
Marlene – O que pensa que é mais importante na vida escolar de um estudante?
Director – O que é mais importante… Eu acho que o mais importante é a experiência toda que vocês têm quando passam aqui na escola. O tempo que vocês estão aqui, estão a aprender uma quantidade de matérias, mas ao mesmo tempo, sem darem por isso, estão a aprender a dar-se uns com os outros, estão a aprender a fazer amizades, estão a aprender a brincar, a divertir-se, a respeitar, estão a aprender a matemática, o português. Eu acho que o mais importante é tudo, tudo o que vocês vão ser no vosso futuro, que começa aqui. Aqui começa a vossa formação como seres humanos, portanto, acho que é o colectivo todo.
Sofia – Já teve outra profissão para além de ser professor?
Director – Sim, já fiz montes de coisas. Quando estava a estudar, fiz muitas coisas. Trabalhei nos tempos de Verão numa Rent-a-car, num hotel, num bar…
Inês – Trabalhou em tantos sítios!
Director – Andei a distribuir iogurtes, fiz de segurança e estive na força aérea, onde trabalhei com helicópteros…
Ana – Há quantos anos é director da nossa escola?
Director – Aqui, desta? Desde…2003. Portanto, há sete anos.
Marlene – Então, antes era do Conselho Executivo?
Director – Sim, estive como Vice-Presidente durante 3 anos, depois como Presidente, e agora como Director.
Inês – Tem filhos?
Director – Não.
Inês – Ou filhas…?
Director – Ah! Filhas tenho.
Marlene – Em que anos andam?
Director - Tenho uma que já está na Universidade, no 2ºano e outra que está no 8ºano.
Sofia – Como reage quando elas têm más notas?
Director – Mal, claro…
Inês – Chateia muito?
Director – Se eu chateio muito? Claro que me chateio, tal como os vossos pais chateiam. A gente quer que vocês tenham boas notas e isto é fácil! Portanto, só não tiram boas notas se não quiserem, se forem preguiçosos. Isto é muito fácil! Claro que me chateio quando elas tiram más notas.
Inês – Mas também sabe que isso não é muito fácil. Os alunos querem chegar a casa e ir para o computador, ver televisão e isso tudo.
Director – Mas eu digo que basta estudar uma hora por dia! Dez minutos para cada disciplina e consegue-se tirar, no mínimo, um três. Se estudarem mais um bocadinho e estiverem com atenção nas aulas, tiram um 4 à vontade! É muito mais fácil tirar um 4, mais do que um 2! Muito mais fácil.
Inês – Você já tinha dito isso.
Director – Já disse, não é? Ainda bem que se lembram (risos).
Ana – Durante o seu percurso escolar, houve algum professor que ficou  marcado na sua memória? Se sim, pode contar-nos essa história?
Director – Não, não tive a sorte que vocês têm de ter professores tão bons. Não, não tenho nenhum professor que me marcou, sinceramente, não. Às vezes ouço falar disso’’ ai, o professor tal marcou-me muito…”, eu não. Vocês têm essa sorte, têm professores muito bons, vão ter dificuldade em escolher daqui a uns anos.
Inês – Mas, não houve nenhum que o marcasse de maneira positiva nem negativa?
Director – Na negativa havia muitos, mas isso já passou (risos).
Sofia – Que cursos tirou para ser Director?
Director – A gente não tira cursos nenhuns para ser director. Depois de ser director é que tem de se tirar cursos para saber o que é que se anda aqui a fazer. Já tirei um curso Administrativo e de Gestão Escolar. Aliás, tirei dois, um na Faculdade de Economia e outro na Universidade Moderna.
Inês – Porque é que não almoça connosco na cantina?
Director – Por muitas razões, a primeira é que eu acho que a hora do almoço é um momento muito importante para descansar. Se eu estivesse com vocês na cantina, estava sempre a trabalhar, e por isso, acho que aquele momento é uma pausa no trabalho. Eu entro aqui por volta das 7:30/8:00 horas da manhã e fico cá, ás vezes até ás 7:00/8:00 da noite. Portanto, a hora do almoço é um momento bom para a gente descansar, ter que pensar, tomar algumas decisões. Depois, o telefone está sempre a tocar, e é por isso que eu não almoço na cantina, porque é um momento meu para poder descansar. Mas gosto de lá ir, e acho que se come muito bem na vossa cantina. E ainda bem que vocês notam isso, pois é interessante notarem a minha falta.
Inês – O ano passado almoçou uma vez connosco.
Director – Pois! Eu fazia sempre isso. Por esta razão que eu vos disse, não o tenho feito.
Sofia, Inês e Marlene – Professor Carlos, agradecemos-lhe a sua disponibilidade e gostamos muito de o ter entrevistado, pois ficamos a conhecê-lo melhor. 
Alunas da turma A, do 8º ano: Ana Santos, Inês serrano, Marlene Serafim e Sofia Encarnação.

         

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