segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Editorial
Bom é lutar com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é “muito” para ser insignificante.
Adaptado do Poema “Vida” de Augusto Branco
Os versos da autoria do poeta brasileiro Augusto Branco servem de mote a esta 3ªedição do jornal “Azoglin”, repleta de artigos de interesse que convergem para uma ideia-chave: Viver uma vida plena de sentido!
Na entrevista concedida pelo Director do nosso Agrupamento, o professor Carlos Silva, é destacado o papel da Escola, enquanto alicerce na formação do aluno nas dimensões académica, pessoal e social, sendo deveras interessante a partilha do seu percurso de profissional, múltiplo e diversificado, até chegar à função que exerce actualmente. A motivação e o reforço positivo que o professor incute na Escola aos seus alunos, com vista ao sucesso escolar, são igualmente aplicados em casa, às suas filhas que se encontram no 8ºAno e no 2ºano de um curso superior.
“Um Dom…”! Todos temos um dom por descobrir e por explorar! Quando são utilizados de forma positiva, os dons muito contribuem para o nosso crescimento pessoal e operam mudanças significativas à nossa volta!
O artigo “Todos Campeões”, referente à actividade com o mesmo título, organizada no âmbito da comemoração dos dias Internacional e Nacional da Pessoa com Deficiência, testemunha o facto de as limitações físicas não serem um impeditivo de se chegar mais além, quando existe força de vontade e determinação. Neste sentido, estão de parabéns os alunos Catarina Dias do 8ºC e André Brito do 7ºB que foram distinguidos com o “Prémio de Realização” nos meses de Novembro e Dezembro, respectivamente, quer pela vontade de se superarem a si próprios, quer pelo apoio prestado aos colegas!
Os nossos sentimentos e intenções norteiam as nossas acções, sendo a actividade “Lançamento de Balões” um verdadeiro exemplo disso! Através desta actividade, procurou-se fazer chegar, não importa a quem, palavras de conforto e de fraternidade na época natalícia!
Conscientes de que “o nosso planeta é a nossa casa”, e que é urgente a mudança de comportamentos no que toca ao meio ambiente, os alunos do 8ºB realizaram na Escola uma actividade com o intuito de informar a comunidade para a importância da redução da emissão de CO2.
Não há dúvida de que a televisão é uma das formas de alargarmos horizontes e dos nos ligarmos ao mundo. Nos textos alusivos a esta temática, podemos reflectir acerca das vantagens e desvantagens da utilização desse aparelho.
É um facto que a concretização dos nossos projectos implica investimentos a diversos níveis. O artigo “Poupar e Investir” explica como podemos poupar o nosso dinheiro, dedicando-se, nesta edição aos Plano Poupança Reforma (PPR).
Para concluir, lanço o seguinte desafio: que “vencer com ousadia” seja uma constante nas nossas vidas e que, saibamos ultrapassar os obstáculos e vislumbrar novas oportunidades, tal como Robinson Crusoe em Sexta-Feira ou a Vida Selvagem.
Professora da disciplina de Português, Ana Rita Inácio.
“Estrelas de Natal”
Os alunos do 5º ano A, B, C e D realizaram no final do 1º período a Unidade de Trabalho “Estrelas de Natal”. As estrelas foram construídas com canas, cartão e “fio do Norte” e posteriormente pintadas com Spray dourado e foram utilizadas para decorar a nossa escola. Os alunos divertiram-se imenso durante a actividade e mostraram-se sempre muito empenhados.
Professora da disciplina de EVT, Ana Isa Duarte.
“República sem CO2”
No passado dia 23 de Novembro, os alunos da turma B do oitavo ano, realizaram na escola uma actividade com o objectivo de sensibilizar todas as pessoas, para a redução das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, com o intuito de melhor a vida do nosso planeta.
Neste dia realizou-se uma campanha de sensibilização para o tema, onde estiveram presentes Pais e professores na entrada da escola, que foram abordados nos seus automóveis. Foram instaladas letras com a palavra CO2 nas paredes da escola e os alunos foram convidados a participar dando a sua opinião e receberam um panfleto.
No final houve o lançamento de pombas que simbolizam um ar mais puro.
Os alunos juntaram a uma cidadania democrática a vontade de ter um ambiente melhor e adoptar condutas saudáveis e protectoras do ambiente. Foi realizado um filme sobre a actividade que se encontra no site da escola e poderá ser visto por todos.
Alunos da turma B, do 8º ano: Beatriz Neves e Samuel Balbino.
“Lançamento de Balões”
…Porque o que conta é a intenção, a motivação que orienta os nossos actos!
No dia 16 de Dezembro, alunos e professores da escola reuniram-se no recreio, para o segundo lançamento de mensagens de Natal, atadas a balões.
A intenção era simples! Cada turma redigiu uma mensagem de Natal, que depois foi presa a balões. Através deste gesto simbólico, as mensagens começaram a subir no céu, levando com elas palavras amigas, de carinho e solidariedade. Não importa se alguém as leu...
Interessa sim, é que naquele momento, todos se uniram num ponto comum: desejar a todos os seres humanos um tempo de tranquilidade e união.
As mensagens voaram cada uma para destino desconhecido. Se chegaram às mãos de alguém, não sabemos. O que conta é de facto a intenção, a verdade e a alegria com que lançamos os balões, com que executamos cada pequeno gesto do dia-a-dia...
Professora da disciplina de Português, Ivone Fernandes.
Entrevista com: “Professor Carlos Silva”
Todos nós conhecemos o Director Carlos Silva. Com cerca de 50 anos, é director da nossa escola E.B.2.3 do Algoz.
O Director é uma pessoa muito humana. Preocupa-se muito com o sucesso dos alunos, é um bom líder, um bom director de todo o agrupamento das escolas do Algoz e é também muito simpático com os alunos.
Escolhemos entrevistar o Director, porque queríamos conhecê-lo melhor, numa perspectiva mais pessoal. Através desta entrevista, conseguimos o que pretendíamos.
Ana – Dr Carlos, conte-nos como foram os seus tempos de escola primária.
Director – Os tempos de escola como?
Marlene – Como é que foram as suas aulas? Gostava da escola?
Director – Claro que gostava da escola. A escola é a melhor coisa que existe, é onde se passam os melhores momentos da vida. E eu também gostava muito de estudar, e era muito bom aluno.
Director - Não não, não não! Eu sou professor, a minha profissão é ser professor. Estou aqui como professor.
Inês – Você é professor de que disciplina?
Director – Educação Visual e Tecnológica. Aliás, sou o melhor professor de Educação Visual e Tecnológica da CEE(risos).
Marlene – O que pensa que é mais importante na vida escolar de um estudante?
Director – O que é mais importante… Eu acho que o mais importante é a experiência toda que vocês têm quando passam aqui na escola. O tempo que vocês estão aqui, estão a aprender uma quantidade de matérias, mas ao mesmo tempo, sem darem por isso, estão a aprender a dar-se uns com os outros, estão a aprender a fazer amizades, estão a aprender a brincar, a divertir-se, a respeitar, estão a aprender a matemática, o português. Eu acho que o mais importante é tudo, tudo o que vocês vão ser no vosso futuro, que começa aqui. Aqui começa a vossa formação como seres humanos, portanto, acho que é o colectivo todo.
Sofia – Já teve outra profissão para além de ser professor?
Director – Sim, já fiz montes de coisas. Quando estava a estudar, fiz muitas coisas. Trabalhei nos tempos de Verão numa Rent-a-car, num hotel, num bar…
Inês – Trabalhou em tantos sítios!
Director – Andei a distribuir iogurtes, fiz de segurança e estive na força aérea, onde trabalhei com helicópteros…
Ana – Há quantos anos é director da nossa escola?
Director – Aqui, desta? Desde…2003. Portanto, há sete anos.
Marlene – Então, antes era do Conselho Executivo?
Director – Sim, estive como Vice-Presidente durante 3 anos, depois como Presidente, e agora como Director.
Inês – Tem filhos?
Director – Não.
Director – Ah! Filhas tenho.
Marlene – Em que anos andam?
Director - Tenho uma que já está na Universidade, no 2ºano e outra que está no 8ºano.
Sofia – Como reage quando elas têm más notas?
Director – Mal, claro…
Inês – Chateia muito?
Director – Se eu chateio muito? Claro que me chateio, tal como os vossos pais chateiam. A gente quer que vocês tenham boas notas e isto é fácil! Portanto, só não tiram boas notas se não quiserem, se forem preguiçosos. Isto é muito fácil! Claro que me chateio quando elas tiram más notas.
Inês – Mas também sabe que isso não é muito fácil. Os alunos querem chegar a casa e ir para o computador, ver televisão e isso tudo.
Director – Mas eu digo que basta estudar uma hora por dia! Dez minutos para cada disciplina e consegue-se tirar, no mínimo, um três. Se estudarem mais um bocadinho e estiverem com atenção nas aulas, tiram um 4 à vontade! É muito mais fácil tirar um 4, mais do que um 2! Muito mais fácil.
Inês – Você já tinha dito isso.
Director – Já disse, não é? Ainda bem que se lembram (risos).
Ana – Durante o seu percurso escolar, houve algum professor que ficou marcado na sua memória? Se sim, pode contar-nos essa história?
Director – Não, não tive a sorte que vocês têm de ter professores tão bons. Não, não tenho nenhum professor que me marcou, sinceramente, não. Às vezes ouço falar disso’’ ai, o professor tal marcou-me muito…”, eu não. Vocês têm essa sorte, têm professores muito bons, vão ter dificuldade em escolher daqui a uns anos.
Inês – Mas, não houve nenhum que o marcasse de maneira positiva nem negativa?
Director – Na negativa havia muitos, mas isso já passou (risos).
Director – A gente não tira cursos nenhuns para ser director. Depois de ser director é que tem de se tirar cursos para saber o que é que se anda aqui a fazer. Já tirei um curso Administrativo e de Gestão Escolar. Aliás, tirei dois, um na Faculdade de Economia e outro na Universidade Moderna.
Inês – Porque é que não almoça connosco na cantina?
Director – Por muitas razões, a primeira é que eu acho que a hora do almoço é um momento muito importante para descansar. Se eu estivesse com vocês na cantina, estava sempre a trabalhar, e por isso, acho que aquele momento é uma pausa no trabalho. Eu entro aqui por volta das 7:30/8:00 horas da manhã e fico cá, ás vezes até ás 7:00/8:00 da noite. Portanto, a hora do almoço é um momento bom para a gente descansar, ter que pensar, tomar algumas decisões. Depois, o telefone está sempre a tocar, e é por isso que eu não almoço na cantina, porque é um momento meu para poder descansar. Mas gosto de lá ir, e acho que se come muito bem na vossa cantina. E ainda bem que vocês notam isso, pois é interessante notarem a minha falta.
Inês – O ano passado almoçou uma vez connosco.
Director – Pois! Eu fazia sempre isso. Por esta razão que eu vos disse, não o tenho feito.
Sofia, Inês e Marlene – Professor Carlos, agradecemos-lhe a sua disponibilidade e gostamos muito de o ter entrevistado, pois ficamos a conhecê-lo melhor.
Alunas da turma A, do 8º ano: Ana Santos, Inês serrano, Marlene Serafim e Sofia Encarnação.
“Poupar e Investir”
Na última edição falamos sobre depósitos a prazo. Ficamos a saber que se tratavam de produtos financeiros praticamente sem risco, remunerados a uma determinada taxa de juro, durante um certo tempo. Hoje vamos procurar compreender o que são planos poupança reforma (PPR).
Como o próprio nome indica, com uma solução desta natureza, programamos o modo como vamos poupar parte dos recursos que sobejam, durante um período muito dilatado. Trata-se, normalmente, de uma aplicação de médio/longo prazo.
Os PPR poderão funcionar como um complemento da pensão que nos será atribuída quando atingirmos a idade de reforma, que, em Portugal, está para já fixada nos 65 anos. Na Suíça, por exemplo, não são atribuídas pensões de reforma superiores a 1700 euros. É este o tecto máximo atribuído pelo sistema de segurança social, qualquer que seja o pensionista em causa. No entanto, o Estado Helvético obriga os cidadãos a constituírem, no início da sua vida activa, um PPR, que funcionará, mais tarde, em idade de reforma, como um complemento da pensão auferida. Quanto mais se amealhar durante a vida activa, maior será o rendimento na aposentação. Mesmo com os filhos já criados e com a casa paga, a terceira idade trás, por vezes, muitas despesas, para as quais é necessário estar preparado. Mais poupança significa mais segurança e maior independência.
Ter um PPR implica fazer entregas programadas que, por norma, têm um montante mínimo definido. As entregas poderão ser mensais, trimestrais, anuais… enfim, tudo depende do PPR que subscrevemos e da instituição financeira que o promove. No caso dos depósitos a prazo, a flexibilidade é maior. Não há entregas programadas. Podemos ou não fazer reforços. Se o Estado Suíço, em vez de um PPR, obrigasse a ter um depósito a prazo, muito provavelmente, uma fatia significativa dos trabalhadores constituiriam o depósito e nunca mais lá colocariam um único franco suíço. O PPR “obriga” a poupar. Por outro lado, o dinheiro que vamos acumulando no nosso PPR, não pode ser resgatado com a facilidade com que levantamos uma determinada quantia de um depósito a prazo. Regra geral, podemos beneficiar do capital aplicado, nesta solução de poupança, quando nos aposentamos ou em caso de desemprego de longa duração, incapacidade permanente para o trabalho e doença grave.
Os PPR tornaram-se muito conhecidos, inclusive com amplo destaque nos meios de comunicação social, devido aos benefícios fiscais por dedução à colecta, em sede de IRS, que proporcionam.
A rendibilidade de um PPR é, por sua vez, fruto do somatório de uma taxa de juro mínima garantida com uma taxa de juro variável, que pode depender de seguros de capitalização, de fundos de investimento ou de outros instrumentos financeiros de maior complexidade.
Para além dos planos poupança reforma, existem ainda outros planos de poupança, como, por exemplo, os planos poupança reforma/educação (PPR/E) e os planos poupança acções (PPA). Estas soluções podem ser interessantes para pessoas que não consigam poupar, se não forem “obrigadas” a isso. Como, neste caso, há um plano de entregas periódicas bem delineado, assiste-se a uma maior disciplina por parte do aforrador.
Professor da disciplina de Matemática, Pedro Pereira.
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